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Mostrando postagens de junho, 2024

nota_4

você me perguntou se você me cansa quando me ouviu dizer que eu estava cansada. eu tô terrivelmente cansada de você. eu nunca me cansaria de você. o que cansa é te amar. o que cansa é ter uma esperança que nunca passa e tanto tempo depois você não estar nenhum pouco mais perto de me amar. queria poder acreditar em uma realidade na qual nós ficamos bem e ficamos juntos. na qual você não morreu. eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir. você só fica mais distante no tempo e no passado e eu também.  tudo bem, eu acho. de passo em passo eu vou para longe e parto de você. alguma hora. da sempre nunca sua, Nina.

furo de roteiro.

hoje lembrei de você. lembrei da sua ausência. lembrei do quão impensável era, alguns anos atrás, a ideia de não ter você e talvez seja exatamente por isso que você partiu. eu deveria ter contado com a possibilidade de não acabar e assim talvez tivesse feito tudo melhor. você partiu porque podia, sempre pôde. sempre foi livre e eu amei a sua liberdade, apesar da dor que sentia ao contrastá-la com minha prisão. mas agi como se não amasse, te amei como se fosse meu e você nunca fui e eu deveria nunca ter esquecido disso.  parecia que seria para sempre. e de certa forma foi para sempre até que não foi mais. hoje te vejo nos palcos, sob os holofotes e sei que você vai conquistar o mundo. quando nós acontecemos, me lembro de rirmos e dizermos que havia sido tão inesperado, tão surpreendente, (mas tão bom, tão certo) que os roteiristas da nossa história deveriam estar malucos, pulando de suas cadeiras e rasgando os roteiros. como aquilo acontecera?  sabe, me pergunto o que eles esta...

nota_3

 eu preciso me curar de você.