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eu não aguento mais viver. tô cansada de respirar. tô cansada de existir. tô cansada de pensar. tô cansada das minhas emoções. eu não quero mais pensar no futuro. eu não vejo futuro pra mim.

nota_7

eu fico bem até lembrar que tu existia.  enquanto tu não existe na minha cabeça eu não sinto tristeza eu não choro na volta pra casa então eu te vejo e meu mundo fica pesado tudo se complica e eu dirijo por entre lágrimas e culpo o sol eu não sei o que fazer com o que sinto mas com certeza queria esquecer. queria abrir meu peito a força e arrancar de lá tudo que me lembra de ti quanto tempo leva pra ferida que você deixou pra trás parar de doer?

nota_6

talvez eu seja empolgada demais. talvez eu fique feliz com antecedência. odeio ser guiada pelos meus sentimentos e pelas coisas que sinto. nada de bom vem para aqueles que esperam. desista.  desista do que te resta. desista do que te cabe. desista do que te empolga e do que te deixa feliz. desista do que te machuca e do que te cura. ou simplesmente não tente.

esgotamento.

alguém me perguntou se acredito em reencarnação eu disse que não sei, mas acho que acredito mas que se for verdade, eu espero que essa seja minha última vida.  minha alma tá cansada, preciso descansar.
quando eu morrer, me cremem. espalhem minhas cinzas em um campo de margaridas. quero descansar em um lugar bonito. do pó ao pó.

nota_5

ao longo da minha vida, parecia que eu sempre acabava em um ponto no qual eu tinha vontade de virar um fantasma. ir para outra cidade, simplesmente partir e recomeçar do zero, novo local, novas pessoas. como se isso de alguma forma fosse me livrar da culpa do passado. e novamente eu me encontro nesse estado, nesse desejo de partir e recomeçar do zero. e mais uma vez eu não vou fazer isso, não porque não queira, mas simplesmente porque não tenho como.  acho que no fim era só um planejamento de uma forma de me matar mais branda. se ninguém mais soubesse de mim e eu não falasse nunca mais com ninguém que conhecesse o meu passado, seria uma forma de morrer sem medo, sem dor. nem a morte resolveria o que eu causei. resta seguir. mordendo a língua até sangrar pra não chorar. apertando os dedos pra evitar soluçar. tomando sorvete com gosto de lágrima no fim do mundo. me odiando mais do que qualquer outra coisa no mundo. eu nunca nunca vou poder ser sincero com alguém. como estragar a imag...

quem é o monstro

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Domingo, ?? de novembro de 2014. O peso do fracasso machuca meus ombros e curva minhas costas. O frio que sinto é prova de falta de um cobertor de segurança que não me protege. Por que desisti de mim? Por quê?! Por que me deixei cair na masmorra do Nada, absorvendo meu sangue e minha vida, se alimentando das minhas boas ideias e da minha energia criativa? Não, não faço parte do grupo dos que venderam sua alma para permanecerem vivos e bem, não, eu sofro na pele enquanto essa mesma pele é ferida, arrancada de mim. E já não posso me esconder, não posso tapar o rosto com as mãos pois não há mais carne nelas, e eles veem meu rosto fracassado e úmido por entre a brancura de meus ossos trincados. Já não posso me virar para a parede para o ocultar-me dos demônios que gritam FRACASSO-FRACASSO-FRACASSO-FRACASS-FRACA-FRACO. Eles gritam e me chutam e me estapeiam e eu me pergunto o que fiz de errado, onde dei o passo em falso, eu não quis me vender, não quis perder a mim mesmo? Foi isso? Quais me...

nota_4

você me perguntou se você me cansa quando me ouviu dizer que eu estava cansada. eu tô terrivelmente cansada de você. eu nunca me cansaria de você. o que cansa é te amar. o que cansa é ter uma esperança que nunca passa e tanto tempo depois você não estar nenhum pouco mais perto de me amar. queria poder acreditar em uma realidade na qual nós ficamos bem e ficamos juntos. na qual você não morreu. eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir. você só fica mais distante no tempo e no passado e eu também.  tudo bem, eu acho. de passo em passo eu vou para longe e parto de você. alguma hora. da sempre nunca sua, Nina.

furo de roteiro.

hoje lembrei de você. lembrei da sua ausência. lembrei do quão impensável era, alguns anos atrás, a ideia de não ter você e talvez seja exatamente por isso que você partiu. eu deveria ter contado com a possibilidade de não acabar e assim talvez tivesse feito tudo melhor. você partiu porque podia, sempre pôde. sempre foi livre e eu amei a sua liberdade, apesar da dor que sentia ao contrastá-la com minha prisão. mas agi como se não amasse, te amei como se fosse meu e você nunca fui e eu deveria nunca ter esquecido disso.  parecia que seria para sempre. e de certa forma foi para sempre até que não foi mais. hoje te vejo nos palcos, sob os holofotes e sei que você vai conquistar o mundo. quando nós acontecemos, me lembro de rirmos e dizermos que havia sido tão inesperado, tão surpreendente, (mas tão bom, tão certo) que os roteiristas da nossa história deveriam estar malucos, pulando de suas cadeiras e rasgando os roteiros. como aquilo acontecera?  sabe, me pergunto o que eles esta...

nota_3

 eu preciso me curar de você.

nota_2

  eu não queria ter deixado você ir.  mas talvez não houvesse nada que eu pudesse fazer. talvez estivéssemos presos invariavelmente no movimento reverso de uma espiral que se afasta e se afasta de si mesma. eu realmente amei você ou amei o que eu achei que você era? eu fui amado de volta ou você se reduziu para caber nas expectativas que deixei derramar em você, de modo que o que havia era tão menos que amor e só eu não percebi? de nada serviram tantas palavras. de nada serviu dizer que eu estaria aqui porque eu fiquei e você partiu e eu não culpo de você, não de verdade. até gostaria de culpar, pra ser sincero. seria mais fácil te odiar ao menos um pouco do que te amar tanto assim. eu nunca vou ser capaz de te odiar, na verdade e isso dói. mas desde hoje e para sempre talvez eu odeie ter te amado tanto.  você esteve em meus braços e eu me rendi tanto a você que fiquei chata e isso dói. porque eu amei tanto você que esqueci de amar a mim, passei tanto tempo tentando ser t...